Dentros os melhores livros da literatura brasileira, existem obras sobre nuances da sociedade, cultura e identidade brasileiras. Através de suas páginas, encontramos histórias de amor, comentários incisivos sobre questões sociais e narrativas envolventes que trazem à vida o povo brasileiro. Nomes como Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, José de Alencar e Érico Veríssimo são pilares desta rica tradição literária, com suas obras sendo consideradas verdadeiros clássicos da literatura brasileira.
As Obras-Primas da Literatura Brasileira
Os links para encontrar todos os livros mencionados abaixos estão nos parágrafos anteriores deste artigo.
Existem várias obras na literatura brasileira que são consideradas obras-primas. “Grande Sertão: Veredas” de João Guimarães Rosa é uma dessas obras-primas, trazendo à vida o sertão brasileiro e suas complexidades. A literatura brasileira também oferece um vislumbre da história brasileira. Através de obras como “São Bernardo” de Graciliano Ramos e “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães, os leitores podem explorar temas como a escravidão.
Infelizmente, neste artigo, não conseguimos colocar todos os autores que merecem ser citados, pois ficaria imensamente longo. Um exemplo, por exemplo, é Monteiro Lobato, que embora não tenha sido citado nesse artigo, é um nome certo entre os melhores autores de livros infantis , entre os melhores livros para crianças de 9 a 10 anos, entre os melhores livros para meninas de 10 anos, e entre os melhores escritores para crianças ao redor de 6 anos.
Caso você esteja procurando recomendações, confira a nossa lista com os melhores livros da literatura brasileira mais abaixo! Este artigo foca mais em obras em prosa, mas temos um outro artigo especial sobre os melhores livros de poesia brasileira.
Os 8 Melhores Livros da Literatura Brasileira
Leia também: A nossa seleção dos 10 principais livros de fantasia de autores brasileiros.
Memórias Póstumas de Brás Cubas
por Machado de Assis
Quando falamos de literatura brasileira, o nome que sempre irá se destacar é o de Machado de Assis, um dos maiores escritores do país. Em seu mais famoso livro já publicado, o autor muda o curso de toda a literatura no Brasil com uma incrível transição do romantismo para o realismo. Por entre as páginas, o leitor terá a chance de conhecer a história do protagonista após a sua morte. Por ser tão revolucionário, a obra se tornou inspiração para diversos quadrinhos, filmes e séries.
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O Cortiço
por Aluísio Azevedo
(Veja também: Os melhores livros para melhorar o vocabulário).
Se você já estudou ou ainda está estudando para exames e concursos, então provavelmente já encontrou este título dentro da lista de leituras obrigatórias.
Isso porque a obra de Aluísio Azevedo publicada em 1890 se tornou um dos maiores clássicos da literatura brasileira e aparece com frequência no meio de questões em provas escolares ou até mesmo de vestibulares. Por entre as 244 páginas, o leitor terá a oportunidade de descobrir os principais problemas enfrentados por moradores de um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX.
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Dom Casmurro
por Machado de Assis
Outro livro importante escrito por Machado de Assis é o Dom Casmurro, que conta a história de Bento Santiago e o seu relacionamento com Capitu ao longo de sua vida. Ao longo dos capítulos, o leitor poderá entender melhor sobre a vida de um homem que sofre com ciúmes intensos e descobrir por si mesmo uma das maiores polêmicas da literatura no Brasil: Capitu traiu ou não?
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A Hora da Estrela
por Clarice Lispector
Publicado pouco tempo antes de sua morte, A Hora da Estrela é o último livro de Clarice Lispector e também uma de suas maiores obras literárias. Por esse motivo, é também uma das histórias mais emocionantes da autora, que coloca tudo de si em Rodrigo e Macabéa, os protagonistas do livro. Em uma das mais recentes edições, também é possível encontrar pinturas feitas pela própria autora.
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O Auto da Compadecida
por Ariano Suassuna
Presente na vida de muitos brasileiros, a história da peça teatral O Auto da Compadecida gira em torno da vida dos amigos João Grilo e Chicó, que vivem aprontando confusões juntos no vilarejo onde moram. Enquanto o primeiro amigo está sempre à procura de uma nova confusão, o segundo não tem coragem o suficiente e adora contar mentiras. Entretanto, o cotidiano de ambos mudam ao passarem por experiências inusitadas no céu e também no inferno.
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Triste Fim de Policarpo Quaresma
por Lima Barreto
Conhecido por ter um estilo mais realista e engajado, o autor consegue trazer uma mistura de drama e humor de uma forma única ao longo de mais de 300 páginas. E falando em drama, temos uma lista exclusiva dos melhores sobre o tema.
Ao longo da leitura, você irá conhecer a história do major Policarpo Quaresma, um nacionalista ao extremo com gostos peculiares. Por conta de sua adoração com o país, Policarpo se engaja em projetos que desenvolvem a trama do livro.
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Iracema
por José Alencar
Ao longo das mais de 150 páginas, o autor nos conta sobre a história da fundação do Estado do Ceará utilizando a lenda que leva o seu nome: Iracema, conhecida como “a virgem dos lábios de mel”. Conhecido por ser um nacionlista no século XIX, a linguagem rebuscada do livro passa a ter uma tradução mais suave nesta edição por meio das anotações de Fátima Mesquita.
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Vidas Secas
por Graciliano Ramos
Com seu primeiro lançamento feito em 1938, um dos maiores livros de Graciliano Ramos conta a vida de uma família de sertanejos que se veem obrigados a mudar de casa sempre que sofrem com o resultado das secas. Com esse foco, o autor faz uma leve denúncia sobre os problemas que assombram o povo brasileiro, principalmente do sertão nordestino.
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O Quinze
por Rachel de Queiroz
Veja também: Os Melhores Livros da Literatura Brasileira
Considerado como um clássico da literatura brasileira, a obra de Rachel Queiroz (alguma vezes mencionada como “Raquel de Queiroz) foi publicada pela primeira vez em 1930 e teve sua edição financiada pela própria autora, gerando impacto também por ser um livro escrito totalmente por uma mulher cearense que na época tinha somente 20 anos.
Entre as mais de 200 páginas, a autora traz importantes assuntos relacionados à Seca de 1915, que afetou terrivelmente o nordeste brasileiro. Na história, conhecemos Vicente, Conceição, a família do vaqueiro Chico Bento e como a seca assombrou suas vidas.
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Outros Grandes Livros da Literatura Brasileira que Merecem Menção
- Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Uma das obras mais importantes do patrimônio cultural nacional. Edição por preço especial disponível aqui.
- Lira dos vinte anos, por Álvares de Azevedo. Uma coletânea polêmica de poesias. Encontre-a aqui.
- Os Sertões, de Euclides da Cunha. O livro que retrata os horrores da Guerra de Canudos, e já virou até série televisiva. Você pode encontrar a versão em capa dura ou comum aqui. Confira também: os melhores livros sobre guerras.
- O Pagador de Promessas, de Dias Gomes. Este é o livro que inspirou o filme ganhador da Palma de Ouro de Cannes. Disponível aqui.
- Ou Isto ou Aquilo, por Cecília Meireles. Um clássico da literatura infantil, com belas poesias para crianças. Você pode encontrá-lo aqui.
Quais São as Diferentes Escolas Literárias da Era Colonial?
- Quinhentismo (1500 – 1601)
A primeira etapa da Era Colonial na literatura brasileira é conhecida como Quinhentismo e seus primeiros registros datam do século XVI. Essa escola literária é na verdade composta por duas manifestações literárias, que são a literatura dos jesuítas e a de informação. A primeira diz respeito aos escritos dos jesuítas, enquanto a segunda é relacionada a um caráter histórico.
- Barroco (1601 – 1768)
A segunda etapa da Era Colonial dentro da literatura brasileira é o Barroco, que se inicia em 1601 com o poema Prosopopéia de Bento Teixeira e chega até o meio de 1768 com a fundação da Arcádia Ultramarina. Os estilos literários marcantes da época são o conceptismo e o cultismo.
- Arcadismo (1768 – 1836)
O Arcadismo é o terceiro período da literatura brasileira na Era Colonial e se prolongou de 1768 até 1836, com seu início sendo marcado pela publicação de Obras Poéticas de Cláudio Manuel da Costa. Essa fase é marcada pela forte presença da natureza, simplicidade e temas bucólicos Dentro dessa época, também é possível encontrar o chamado de Período de Transição, entre 1808 e 1836.
Quais São as Diferentes Escolas Literárias da Era Nacional?
- Romantismo (1836 – 1881)
Iniciando a época da Era Nacional, o Romantismo é a primeira fase da literatura no país a ter um movimento totalmente brasileiro e seu início é datado de 1836, com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades por Gonçalves Magalhães.
- Realismo e Naturalismo (1881 – 1922)
Com início em 1881 com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, o Realismo no Brasil é marcado por um objetivismo e uma linguagem descritiva em detalhes. Nessa escola literária, os temas mais comuns são relacionados ao urbano, dia-a-dia e até mesmo sociais.
Surgindo junto ao movimento de Realismo, o Naturalismo teve início em 1881 com a publicação de O Mulato e também é caracterizado pela sua riqueza em detalhes, mas desta vez fazendo uso de uma linguagem coloquial.
- Parnasianismo (1882 – 1922)
Surgindo em paralelo com as escolas de Realismo e Naturalismo, o Parnasianismo teve seu início em 1882 com a publicação de Fanfarras, mas por conta de suas grandes diferenças acabou sendo classificado de forma independente. Nessa escola literária, as principais características são a presença da estética poética, como rimas, métrica e etc.
- Simbolismo (1882 – 1922)
Iniciando em 1882 com a publicação de Missal e Broquéis, o Simbolismo tem como principais características o misticismo, a imaginação e o subjetivismo. Durante o período dessa escola literária, os autores da época tinham foco nos aspectos do subconsciente da alma humana.
- Pré-Modernismo (1902 – 1922)
Esta fase da literatura brasileira é na verdade uma transição entre o simbolismo e o modernismo e ocorre no início do século XX. Nesta etapa, é comum temas sobre a realidade da época, como áreas políticas, históricas e sociais. Também é possível ver o uso da linguagem regional e coloquial.
- Modernismo
Marcado pela Semana de Arte Moderna em 1922, o Modernismo representa o início de uma nova era da literatura brasileira e em todos os demais tipos de arte do país. Com inspiração nas vanguardas artísticas europeias, esse movimento rompe a ligação do academicismo com o tradicionalismo.
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